Destroços espalhados pela rodovia, ônibus revirado, partes de corpos espalhados, veículos destruídos, vidas ceifadas, desespero e tristeza. Este é o cenário que marcou o grave acidente que deixou 12 estudantes mortos no km 3 da vicinal Jorge Luís, entre São José da Bela Vista e Nuporanga.
Os estudantes voltavam da Unifran (Universidade de Franca), em Franca, para São Joaquim da Barra após mais um dia de aula, mas o trajeto foi interrompido pela tragédia, que agora será investigada pela Polícia Civil.
O ônibus foi atingido em cheio por uma carreta caçamba que saiu de Barretos e seguia para Itaú de Minas (MG), atingindo a lateral do lado do motorista. Os estudantes que estavam sentados nesse lado foram atingidos pela estrutura da carreta, como se fosse uma navalha, cortando e matando.
Equipes do Corpo de Bombeiros de Orlândia, que atenderam à ocorrência, relataram que as vítimas provavelmente tiveram mortes súbitas — ou seja, de forma instantânea e inesperada.
As equipes, em um primeiro momento, começaram a retirar os corpos da frente do ônibus. A primeira informação era de oito mortos, depois passou para dez. Conforme os trabalhos de remoção avançaram até o final do veículo, constatou-se que eram, na verdade, 12 óbitos.
Tanto o motorista do ônibus quanto o da carreta, segundo as informações, foram socorridos com vida. O motorista do ônibus teria sido resgatado em estado grave.
Carros da funerárias estavam de prontidão para transportar os corpos.
As polícias Civil, Militar e Científica estiveram atendendo a ocorrência. A via ficou interditada em ambos os sentidos.
Em São Joaquim da Barra, familiares foram em busca de informações sobre os 18 sobreviventes para saber quem tinha se salvado. Eles foram socorridos para o hospital da cidade. A identificação dos 12 corpos ainda não tinha sido divulgada até o final da madrugada desta sexta-feira.
O pai de uma jovem que faz direito em Franca e mora em São Joaquim da Barra soube do acidente pela própria filha que estava em um outro ônibus vindo atrás. Presenciando os trabalhos da equipe, ele estava incrédulo por tudo que aconteceu.
Ambos os veículos circularam pela vicinal devido a interdição que segue na rodovia Fabio Talarico, na ponte do Rio Salgado, desde dezembro de 2024, e que proíbe o trânsito. A vicinal de faixa simples vem recebendo um grande fluxo de veículos por conta deste bloqueio, e alguns motoristas não conhecem o trecho.
Fonte: JcNet
