Um rapaz de 19 anos foi morto por policiais militares após tentar golpear moradores com um pedaço de madeira e ameaçar matar crianças em Agudos (SP). O caso ocorreu na segunda-feira (10).
Segundo o boletim de ocorrência, os policiais militares receberam a denúncia para chamado de ocorrência de “surto psicótico” na rua Alcides Escada no município. No local, avistaram Arrisson Vitor Fontana com o pedaço de madeira.
As testemunhas, então, relataram que o jovem teria ido à casa de um vizinho dizendo que mataria o próprio sobrinho e que queria matar crianças. A irmã do rapaz, mão do sobrinho dele, também explicou que, no momento em que estava saindo de casa, Arrisson teria ameaçado o menino, de 3 anos, segundo o BO.
Em seguida, as testemunhas contam que Arrisson se dirigiu até outra casa, ao lado de um campo de futebol na av. Antonio Maria dos Santos Escada, onde adentrou no quintal e ameaçou a moradora de morte, assim como a seu filho, dizendo que era “Jesus”.
Ainda segundo o BO, logo após Arrisson foi à residência de outro morador que entrava com o carro pela garagem. No local, o rapaz quebrou o vidro traseiro do veículo com golpes e agrediu o residente com o facão na cabeça. Um segundo morador interveio e também teve o rosto ferido.
A mãe de Arrisson, junto a suas duas irmãs acionaram policiais militares e o corpo de bombeiros para tentar conter o rapaz, sem sucesso. Logo, Arrisson começou a golpear a viatura, danificando a lataria. O jovem também deferiu golpes no rosto de um dos policiais com o cabo de madeira.
Para afastar o homem, o policial atirou oito vezes. Um tiro atingiu um PM na perna esquerda que seguiu do local para atendimento com o Samu.
De acordo com os militares em apoio, Arrisson foi socorrido, continuava alterado e ainda teve que ser contido para que os atendentes pudessem colocá-lo na maca. Ele morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
O BO foi registrado como homicídio simples decorrente de intervenção policial.
Em nota emitida nesta quarta-feira (12), a assessoria de imprensa da PM explicou que foi instaurado inquérito policial militar e na polícia civil para “apuração das circunstâncias dos fatos”.
Ainda segundo a nota, os policiais militares presentes na ocorrência passarão por um acompanhamento e avaliação psicológica, o qual definirá seu estado psicológico.
Fonte: G1