Uma profissional da área da educação registrou um boletim de ocorrência após ser agredida por uma aluna enquanto tentava separar uma briga entre estudantes na manhã desta quinta-feira (9), em Bauru (SP).
O caso foi registrado no horário de entrada da Escola Estadual Plínio Ferraz, na região do Jardim Terra Branca.
De acordo com o registro policial, a mulher contou que acompanhava a entrada dos estudantes na instituição, por volta das 7h, quando teve início uma série de agressões da aluna, de 14 anos, a um outro estudante.
Ainda no BO, consta que a profissional da instituição, de 50 anos, chamou atenção da adolescente e tentou contê-la. A mulher contou à polícia que, neste momento, a aluna deu dois socos no braço dela.
A profissional acionou a Polícia Militar e, depois, foi até a delegacia. Quando os policiais chegaram à escola, a garota já havia sido dispensada pela direção.
A reportagem questionou a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo sobre o caso. A pasta, por meio de nota, afirmou que “repudia todo e qualquer ato de violência dentro ou fora das escolas” e que, “ao separar a briga, a Agente de Organização Escolar (AOE) foi atingida acidentalmente”.
Ainda no comunicado, a SEDUC informa que “os responsáveis pelos alunos envolvidos já foram acionados e todas as providências para a proteção dos alunos e da colaboradora envolvida foram tomadas”. As aulas na escola, por sua vez, seguem normalmente.
Por fim, salientou que o “caso foi inserido na Placon, plataforma do Conviva-SP usada para registrar todas as ocorrências escolares e que apoia as ações junto à comunidade escolar”.
Violência nas escolas
Esse é o segundo caso, em menos de uma semana, de agressão a profissionais da educação nas escolas estaduais de Bauru.
Na última sexta-feira (3), um professor precisou levar onze pontos no supercílio após ser agredido durante uma briga generalizada que ele tentava apaziguar na escola estadual Ernesto Monte.
Além do docente, dois alunos sofreram ferimentos. Eles precisaram ser internados, mas já receberam alta.
Segundo funcionários da escola, a briga envolveu diversos estudantes e professores que tentaram apartar a situação. A confusão começou no pátio da unidade, após uma discussão iniciada durante uma partida de futebol.
A proporção foi tão grande que a pancadaria chegou a se estender para fora da escola. Na calçada da unidade, parentes de alunos também entraram na briga. O professor Matheus Versati, que sofreu o corte no supercílio, foi agredido pelo pai de um estudante.
Professores da escola alegam que há falta de docentes e desordem na grade escolar.
Em nota, a Secretaria da Educação do Estado (Seduc-SP) disse que não há problemas de atribuição ou falta de professores na unidade. Afirmou ainda que todas as providências necessárias para a proteção dos alunos envolvidos foram tomadas, e que o caso será encaminhado ao Ministério Público.
Um boletim de ocorrência também foi registrado. A Polícia Civil investiga o caso.
Fonte: G1