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‘Monstro’, diz mãe de adolescente morta e enterrada pelo pai na casa da família no interior de SP

A mãe da menina Geovana, morta pelo pai e encontrada enterrada em casa, diz que não desconfiava que a filha poderia ter sido assassinada pelo marido. Em entrevista, contou que ela e o marido fizeram buscas pela menina por mais de 20 dias, até saber que ela havia sido morta por ele.

“É muito difícil saber que aquele monstro pegou ela. Eu quero entender porque ele fez isso com a minha filha”, disse a mãe, Ana Lúcia Martins.

Ana Lúcia enterrou o corpo da filha na tarde deste sábado (11) em Jacareí, no interior de São Paulo. A cerimônia foi acompanhada por comoção dos amigos e familiares que ajudaram a família nas buscas pela adolescente nos últimos dias.

A menina estava desaparecida desde o dia 20 de maio, quando o pai deu por falta dela após sair de casa para encontrar uma amiga. O homem, acompanhado da esposa, fez a queixa pelo sumiço da filha e mobilizaram vizinhos, a rede social e chegaram a acionar a imprensa pedindo ajuda para encontrar a menina.

Nesta sexta-feira (10) o corpo de Geovana foi encontrado enterrado na própria casa. De acordo com a polícia, eles perceberam pedaços de construção com parte do chão similar ao da casa da adolescente em um terreno baldio e decidiram pela busca. O corpo dela foi encontrado em um quarto nos fundos, enterrado. O pai confessou o crime e foi preso.

“Ele sabendo que eu não tinha dinheiro e nem condições de peregrinar para achar minha filha, ele me fez fazer buscas. Sem saber que ela estava tão perto de mim, é muito difícil”, contou a mãe. Em entrevista, ela contou que não suspeitou já que o pai não tinha histórico de agressão ou problemas com a menina.

O irmão da vítima, que morava no quarto, também foi preso. A polícia suspeita de que ele tenha atuado na ocultação do cadáver. Os dois tiveram a prisão convertida em preventiva neste sábado. O advogado que os representa não quis comentar o caso.

“Minha filha era uma menina doce, amável, feliz. Eu quero justiça por ela”, disse.

O caso

Geovana da Costa Martins dos Santos, de 13 anos, estava desaparecida desde o dia 20 de maio. A polícia investigava o caso e familiares e amigos se mobilizaram nas buscas pela jovem.

A família chegou a dar entrevista à TV Vanguarda sobre o caso. Na entrevista, o pai conta que estava com ela em casa, quando a adolescente saiu e não foi mais vista.

Restos de material de construção, similares ao chão do quarto que foram encontrados em uma área próxima da casa, levaram a polícia a fazer uma investigação no imóvel em que corpo de adolescente foi encontrado enterrado em Jacareí, SP (Foto: Divulgação/ Polícia Civil)

Investigação

Durante as investigações, a polícia descartou as duas hipóteses de apuração: a de que ela poderia estar perdida em uma área de mata, já que participava de um grupo de escoteiros; e de que ela poderia ter se envolvido com algo ilícito e disso o sumiço.

Ao fazer buscas no bairro, a polícia encontrou partes de concreto e piso em um terreno baldio e ao entrarem na casa da vítima perceberam que eram similares. Após a descoberta, fizeram a busca e encontraram o corpo da jovem em um saco enterrado no quarto do irmão.

Pai confessou o crime

Após o encontro do cadáver, o pai de Geovana confessou o crime. Ele disse ter usado cocaína e durante uma discussão com a filha a estrangulou. Após o ato, enterrou a adolescente.

Quando a filha sumiu, em maio, pai preso suspeito de enterrá-la em casa disse que ela ‘levantou, tomou café e saiu’ (Foto: Reprodução/ TV Vanguarda)

O homem foi preso em flagrante e o filho, onde o corpo estava enterrado também. A polícia pediu a prisão dele para investigar seu envolvimento. O jovem de 20 anos alegou que chegou em casa no dia em que a família havia relatado o sumiço e o pai fazia uma obra em seu quarto. O homem teria alegado que seria preciso uma pilastra no cômodo e então o jovem saiu. Na volta, o local estava com o chão irregular, mas não suspeitou de crime.

Neste sábado (11) o pai passou por audiência de custódia e sua prisão foi convertida em preventiva. A do irmão da vítima também foi mantida. A reportagem acionou a defesa dos envolvidos, mas o advogado não quis comentar o caso.

 

Fonte: G1(Foto: Reprodução/ TV Vanguarda)

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