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Mão-de-obra carcerária é usada para ajudar cidade após chuva

Dezesseis reeducandos que cumprem pena no Centro de Ressocialização (CR) “Dr. João Eduardo Franco Perlati” de Jaú estão sendo usados na força-tarefa destinada a reparar os prejuízos provocados pelas fortes chuvas que atingiram a cidade entre o final de janeiro e início de fevereiro. Por conta da enchente que atingiu o município, um homem de 61 anos morreu afogado, após ter a casa invadida pela água, e pelo menos 500 famílias foram prejudicadas, estima o poder público.

Diante da gravidade da situação, a unidade prisional teve a iniciativa de oferecer mão-de-obra carcerária para auxiliar na limpeza da cidade, ajudando a carregar os móveis e demais objetos que foram levados pelas enxurradas, além da recolha de galhos e entulhos. Autorizados pelo juiz corregedor e acompanhados por funcionário do CR, os detentos prestam trabalho voluntário desde a última quinta-feira (3) e a ação deve seguir até quando houver demanda.

 

A direção do estabelecimento penal selecionou internos que já tinham sido beneficiados com a saída temporária e estavam trabalhando na horta, jardim ou almoxarifado da unidade. Para a realização do mutirão, a Prefeitura de Jaú oferta transporte, alimentação e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

O serviço garante remição de pena aos sentenciados – a cada três dias trabalhados, é remido um dia da condenação.

TENTATIVA DE RECUPERAÇÃO

De acordo com a diretora do Centro de Ressocialização de Jaú, Vera Lucia da Silva, os reeducandos ficaram bastante empolgados por poder atuar na recuperação da cidade. Um dos internos, inclusive, destacou que nunca havia participado de ação semelhante e disse estar sendo “uma experiência única em minha vida”.

“É um sentimento sem explicação ver as pessoas que perderam tudo com coragem de seguir em frente. Elas têm agradecido a gente pelo gesto e eu fico muito feliz pela oportunidade”, frisou um dos detentos que atuam na força-tarefa.

“Essa iniciativa mostra o quanto é bom e indispensável ajudar o próximo. Isso muda os nossos conceitos e pensamentos, pois, nesse momento, toda união é necessária e bem-vinda”, concluiu outro preso.

 

Fonte: 14 News e (assessoria).

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