No lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Fretadores (FrenFret) nesta terça, 19, CEO da Primar Turismo e presidente de associação dos fretadores falou sobre a importância de democratizar e flexibilizar a atividade do fretamento e exaltou o trabalho dos parlamentares que estão ajudando na causa
Empresário do setor de turismo há pelo menos 30 anos, Marcelo Nunes, CEO da Primar, empresa de Botucatu que hoje está presente em 70 cidades do Brasil, esteve em Brasília essa semana e defendeu que haja mais flexibilidade e abertura no setor de fretamento de ônibus, para que mais empresas possam “jogar o jogo” e oferecer viagens mais baratas. Nunes, que também é presidente da Abrafrec – Associação Brasileira dos Fretadores Colaborativos, é um dos apoiadores da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Fretamento (FrenFret), iniciativa lançada nesta terça-feira, 19, no Congresso Nacional.
Sob liderança dos deputados federais Bacelar (PV-BA) e Carlos Chiodini (PMDB-SC), a frente defenderá os interesses do setor de fretamento de ônibus no país, apoiando a adoção de novas tecnologias e ajudando na democratização desse mercado, tão importante para o turismo. Entre os objetivos do grupo está a discussão de propostas para atualizar a legislação que regula o transporte fretado, serviço que vem conquistando um número cada vez maior de usuários em todo o país desde a chegada das plataformas digitais.
“A criação dessa frente é um divisor de águas para a gente. Ela será um importante espaço para debater políticas públicas que possam impulsionar e democratizar o serviço de transporte fretado. Fico honrado com o apoio de mais de 230 parlamentares que votaram e assinaram pela criação desse grupo. Essa é uma grande causa”, destacou Marcelo Nunes, durante a solenidade no Congresso. Umas das principais reivindicações do setor é pela revogação da polêmica regra do Circuito Fechado, criada em 1998 e que estipula que as empresas transportem o mesmo grupo de passageiros na ida e na volta da viagem, engessando a atividade e inviabilizando, por exemplo, o uso de plataformas de intermediação.
O setor de fretamento interestadual gera, hoje, mais de 250 mil empregos diretos e indiretos, movimenta cerca de 30 mil ônibus e transporta mais de 12 milhões de passageiros ao ano, sendo um grande impulsionador do turismo, setor que representa mais de 7% do PIB do País. “São números grandes demais para serem subestimados e não serem levados em consideração por entidades como a agência nacional de transportes, que tem feito uma verdadeira perseguição contra os empresários desse setor que utilizam plataformas de inovação como a Buser. Não regulamentar esse setor significa dar menos chances a novos entrantes e dificultar a oferta de preços mais baixos”, afirma Nunes. A entidade que o empresário representa, a Abrafrec, reúne centenas de pequenas e médias empresas de transporte fretado que também prestam serviços por meio de aplicativos.
Durante o evento, a frente apresentou um manifesto em defesa dos fretadores e os deputados líderes da iniciativa se comprometeram a levar o assunto tanto para o ministro dos Transportes, Renan Filho, quanto para o Presidente da República. A ideia é levar ao Executivo um documento expondo as sensibilidades do fretamento e a necessidade de se rever as políticas em torno do setor, colocando fim às perseguições e aquecendo esse mercado.
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