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Corregedoria apura denúncia de que comandante da PM exigia que policiais aplicassem quantidade mínima de multas em Piracicaba

 

A corregedoria da Polícia Militar abriu uma investigação para apurar denúncias contra o comandante da 5ª Companhia de Piracicaba (SP). Segundo essas denúncias, ele exigia que as equipes aplicassem dez multas de trânsito por dia.

As queixas foram anônimas e a investigação foi aberta na última sexta-feira (29). De acordo com a corregedoria, não foi a primeira vez que denúncias desse teor foram feitas.

De acordo com o relato dos policiais, o comandante determinava que cada viatura aplicasse pelo menos dez multas de trânsito por dia, sendo cinco estaduais e outras cinco municipais. Se os policiais não cumprissem essa “meta”, sofriam punições.

A reportagem conversou com um dos policiais que fez a denúncia. Ele não quis ser identificado ou gravar entrevista, mas afirmou que as punições variavam, como troca de plantões, troca de turnos e local de trabalho, além de negar dispensas.

Segundo o Coronel Alexandre Bergamasco, não é política de comando a exigência de aplicação de um número mínimo de multas, mas sim metas de operações de patrulhamento. Nessas operações podem ocorrer multas ou não.

“Nós já tivemos outros episódios no mesmo sentido e foram todos eles apurados. Em todos eles as denúncias chegaram de maneira anônima, então nos dificulta um pouco aprofundar naquilo que é dito na denúncia, mas do que nós tivemos nas apurações anteriores não restou nenhuma anormalidade no comportamento do comandante daquela companhia”, afirmou.

 

Segundo ele, em alguns casos há interesses por trás das denúncias. “Por exemplo, tem um final de semana em que a demanda é maior. Eu não tenho condição de naquele momento dispensar o policial. Então muitas das vezes isso acaba acontecendo e, talvez por uma insatisfação do policial naquele momento, por não entender as circunstâncias da negação daquela folga para ele, ele acaba partindo para esse lado”, argumentou.

Investigação

Segundo o coronel, agora a investigação começa com a nomeação de algum policial com patente acima do investigado, que não tenha contato direto com os policiais que trabalham naquela companhia.

Ele vai para ouvir todos do batalhão e depois é feito um relatório, que é encaminhado à corregedoria em São Paulo. O prazo para uma conclusão é de dez dias e pode ser prorrogado se necessário.

 

Fonte: G1 (Foto: Reprodução/EPTV)

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