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Botucatu e região terão mais 247 leitos

A situação crítica da lotação hospitalar deve ter um respiro ainda neste mês. O governo do Estado de São Paulo informou, nesta quarta-feira (3), que irá disponibilizar 247 novos leitos para o tratamento de pacientes de Covid-19 na região de Bauru. Com investimento de R$ 21,3 milhões, a estrutura vai abarcar 148 leitos de UTI e 99 de enfermaria para o atendimento à população de 68 municípios, incluindo Bauru, Botucatu, Jaú, Lins, Avaré e Promissão.

O anúncio foi feito em reunião realizada no Palácio dos Bandeirantes, na Capital, que teve a participação do vice-governador Rodrigo Garcia, do secretário de Estado de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, do deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB), deputados estaduais Fernando Cury (Cidadania) e Ricardo Madalena (PL) e prefeitos de Jaú (leia mais na página 14), Pederneiras, Lençóis Paulista, Laranjal Paulista, Conchas, Avaí, Promissão e Lins.

Também estavam presentes o superintendente do Hospital Amaral Carvalho, Antonio Navarro, o secretário-executivo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Rubens Cury, e o coordenador de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Osmar Mikio.

De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Regional, a previsão é de que o primeiro leito esteja disponível para uso no dia 15 deste mês. Ao todo, serão investidos R$ 21,3 milhões para manutenção dos 247 leitos pelo período de três meses. Decorrido este prazo, a situação da região será reavaliada.

“Do total de 148 leitos de UTI (para ventilação pulmonar), 112 são novos e outros 36, que deveriam ser de responsabilidade do Ministério da Saúde, serão, agora, mantidos pela esfera estadual”, informa a pasta, por meio de sua assessoria de comunicação. Os novos leitos serão instalados em hospitais estaduais e filantrópicos da região.

Não há confirmação, por enquanto, do número que será destinado a Bauru, mas, segundo o deputado Rodrigo Agostinho, a maioria das vagas ficará no município, em Jaú e Botucatu.

‘ESPERANÇA’

Marco Vinholi destacou que a ampliação de leitos não significa, neste momento, que as cidades não precisam mais cumprir as regras estabelecidas pelo Plano São Paulo. Durante a reunião, ele reiterou, inclusive, que o número de casos, internações e mortes por Covid-19 na região aumentou substancialmente nas últimas três semanas.

“A distribuição dos leitos entre os municípios vai gerar maior segurança hospitalar para os cidadãos em acolhimento médico. Assim, estabelecemos, ao mesmo tempo, uma esperança para que a região tenha, em breve, menores restrições quanto ao Plano São Paulo”, considerou.

RETAGUARDA

Em entrevista ao JC, Rodrigo Agostinho lembrou que a região possui, atualmente, 165 UTIs e que a ampliação para 313 leitos garantirá maior retaguarda para atendimento dos pacientes graves, já que o índice de ocupação deste tipo de vaga em hospitais públicos da região alcança, diariamente, patamares superiores a 90%. “Também ajudará a melhorar nossas estatísticas e, por consequência, a permitir a recategorização da região dentro do Plano São Paulo, com autorização para reabertura das atividades econômicas nestes municípios”, acrescenta.

Em suas redes sociais, a prefeita Suéllen Rosim informou que não foi convidada pelo governo do Estado a participar da reunião, mas que irá “fiscalizar o andamento da implantação das vagas para que elas saiam, realmente, do papel”. A chefe do Executivo também voltou a cobrar a abertura definitiva do Hospital das Clínicas.