O Zoológico Municipal de Bauru (SP) recebeu sete novos moradores nas últimas semanas. Os animais estão passando por um processo de adaptação em seus recintos e estarão disponíveis para visitação neste ano.
Consolidado como um dos principais do país, o Zoológico de Bauru conta com aproximadamente 700 animais de 170 espécies e é referência na preservação e reprodução de animais, inclusive ameaçados de extinção.
De acordo com a prefeitura, as novas espécies são sagui-caveirinha ou sagui-da-serra-escuro, suricata, ema, onça-parda e pinguim-de-magalhães. Os animais nasceram em cativeiro ou foram resgatados de situações em que não poderiam mais viver na natureza.
Sagui-caveirinha ou sagui-da-serra-escuro
Um dos novos moradores é o sagui-caveirinha ou sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita). Esta é uma espécie de pequeno primata brasileiro que habita a Mata Atlântica e está ameaçado de extinção.
O Zoológico de Bauru recebeu uma fêmea que foi destinada pelo programa de manejo de populações da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB), do Centro de Conservação dos Saguis-da-Serra (CCSS/UFV), um criadouro científico localizado em Viçosa (MG).
O animal chegou ao zoológico no mês de outubro e estava em quarentena, mas na última semana foi transferido para seu novo recinto recém-reformado e já pode ser conhecido pelos visitantes.
Para fazer companhia a esta fêmea, o zoológico aguarda a transferência de um macho do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro.
O sagui-caveirinha ou sagui-da-serra-escuro é facilmente distinguido dos demais saguis por sua face branca, é um animal onívoro que se alimenta de frutas, insetos e exsudato de árvores.
Suricata
Outros novos moradores do zoo são um casal de suricatas, que vieram do Zoológico de São Paulo e estão em fase de aproximação no recinto, que já possui dois machos, moradores antigos do zoo de Bauru.
Os suricatas são animais gregários que podem viver em grandes grupos, e possuem comportamentos sociais bem definidos como sentinela, estando sempre em alerta a qualquer perigo.
Ema
Duas emas (Rhea americana) filhotes, nascidas no Zoológico de São Carlos (SP), também se juntaram a uma ema adulta que mora no zoo Bauru desde 1996.
As emas são animais que podem viver em grupos e habitam campos naturais e áreas de cerrado da América do Sul. Aves tranquilas, as emas não são capazes de voar e utilizam suas longas patas para corrida e defesa.
Onça-parda
Uma onça-parda fêmea, oriunda do Centro de Medicina e Pesquisa de Animais Selvagens (CEMPAS), da Unesp de Botucatu (SP), também se mudou no mês de novembro para o Zoológico de Bauru. Ela se junta ao macho que já vive no zoo. Eles estão passando por um processo de adaptação e aproximação.
A fêmea foi encaminhada ao Zoológico de Bauru por chegar filhote no CEMPAS e não ter condições de ser reintroduzida em seu ambiente natural.
Pinguim-de-magalhães
Outro morador que veio de longe é um pinguim-de-magalhães que se perdeu nas correntes marítimas e foi encontrado debilitado, no litoral de São Paulo.
Ele foi resgatado e tratado pelo Instituto de Pesquisa de Cananéia (Ipec) e precisava de um abrigo, pois sofreu a perda de mobilidade de uma de suas nadadeiras, fator que o impede de voltar a viver no mar.
Ele encontrou abrigo no pinguinário do Zoológico de Bauru, onde está vivendo com outros três pinguins.
Mais chegadas
O Zoológico de Bauru está se preparando para receber nos próximos meses duas fêmeas de mico-leão-da-cara dourada, que também fazem parte do plano de manejo de população da AZAB e serão transferidas do Zoológico de Sorocaba (SP).
Visitação
Em janeiro, o Zoológico de Bauru ficará aberto todos os dias, com funcionamento de segunda a sexta-feira das 8h às 16h, e aos sábados e domingos das 8h às 17h. Somente nesta segunda-feira (1º) o zoo permanecerá fechado ao público.
O Zoológico Municipal de Bauru fica na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-225), km 232, no final da avenida Nações Unidas. O ingresso custa R$ 5. Crianças menores de 5 anos não pagam, e idosos com 60 anos ou mais pagam meia entrada.
Fonte: G1